transporte aquaviario de cargas
O Brasil tem potencial de navegabilidade em águas superficiais flúvio-lacustres em cerca de 63.000 km, segundo a ANTAQ – Agência Nacional de Transportes Aquaviários.
Isso quer dizer que o transporte aquaviário, no cenário brasileiro, tem grandes possibilidades de expansão, apesar da construção de hidrelétricas ter afetado a navegabilidade em rios e lagos, como apontado por Celso Hara (2009, p. 73).
Estamos falando da navegação fluvial, isto é, da navegação praticada em rios, que, em geral, ocorre dentro do país ou do continente
O transporte lacustre é o transporte que ocorre em lagos e, no caso brasileiro, não é muito desenvolvido. Contudo, destaca-se, nesse sentido, o Lago de Itaipu, no Paraná.
Portanto, quando falamos de transporte fluvial e lacustre estamos falando do transporte realizado em hidrovias nacionais, que podem ser formadas, de maneira geral, por rios, lagos, canais, lagoas, baías, angras e enseadas brasileiras.
Assim como ocorre no transporte marítimo, quando consideramos o transporte hidroviário, também podemos falar do transporte de cargas e da utilização de navios, desde que em tamanhos comportados pelas vias navegáveis.
É importante destacar que o sistema de transporte hidroviário é bem mais barato, por exemplo, que o transporte realizado no modal rodoviário, predominante no cenário brasileiro. Aliás, podemos dizer que a predominância do transporte rodoviário prejudica a competitividade em termos de custo de diversos produtos, como é o caso das commodities para exportação.
Peter Wanke (2010, p. 9) faz uma crítica e afirma que existe uma distorção da matriz de transporte brasileira que traz como consequência o impacto nos preços relativos cobrados por tonelada-quilômetro (ton-km) nos diferentes modais de transporte:
“O excesso de oferta de transporte rodoviário, resultante da falta de regulamentação de novas empresas no setor, cria uma concorrência desleal com os outros modais de