Transplante
A Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos divulgou recentemente que no primeiro trimestre de 2012 houve crescimento de quase 25% no total de transplantes no país em relação ao mesmo período do ano anterior. Entre os dados publicados, chama a atenção o volume de procedimentos de medula óssea, cujo acréscimo foi de 30%. Foram 281 transplantes, mais da metade dos casos registrados em 2011. Desses, praticamente todos foram autólogos, ou seja, transplantes com material do próprio indivíduo.
Segundo o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH), há aproximadamente 600 pesquisas clínicas em andamento para explorar o potencial do sangue de cordão umbilical, sendo em torno de 50% focadas na área de neurologia, como paralisia cerebral, AVCs, aplicação em bebês prematuros e doença de Alzheimer. Além disso, outros importantes estudos estão em desenvolvimento com o diabetes tipo 1 e autismo. Os outros 50% são estudos para aprimorar o uso do sangue de cordão umbilical nas áreas de doenças genéticas ou malignas do sangue - como as leucemias e linfomas - e doenças do sistema imunológico, para as quais as células do cordão são alternativas ao transplante de medula óssea.
A ampliação das aplicações do sangue de cordão umbilical em doenças degenerativas e incapacitantes já conta com a imensa mobilização da comunidade científica internacional. Profissionais médicos e pesquisadores estão progredindo significativamente e avaliando a segurança e eficácia das células-tronco dessa origem muito além do seu uso apenas em tumores e doenças sanguíneas. A novidade é que essas pesquisas já estão em sua última etapa, a fase clínica, quando são aplicadas em seres humanos e, caso sejam comprovadas, vão gerar opções terapêuticas para beneficiar muitos pacientes portadores dessas doenças.
Estatísticas americanas estimam que, com os avanços na medicina regenerativa, aproximadamente um em cada três indivíduos poderão se beneficiar desse