Transmissao da informação
Vivemos processos de comunicação autênticos e inautênticos.
Somos autênticos, quando há uma correspondência entre o que percebemos e o que comunicamos e inautênticos, quando nos ocultamos (ou tentamos ocultar-nos através de palavras ou de máscaras), quando representamos personagens que não são nossos, ou quando os outros se escondem também de nós.
Muitas pessoas não se comunicam realmente: distorcem, buscam compensações. Não trocam, porque não estão abertas para trocar ou quando se permitem, trocam ressentimentos, emoções mal resolvidas, buscam compensações.
A comunicação autêntica acontece quando há maturidade de ambos os lados, quando podemos ser nós mesmos plenamente, sem reservas. A comunicação autêntica acontece no processo e na medida em que somos livres. À maior liberdade, maior autenticidade, maior evolução e maior realização.
Neste sentido toda comunicação é considerada reveladora, sendo efetuada em clima de compreensão, de não condenação, de aceitação profunda acelera o processo de crescimento, de desvendamento de áreas dispersivas do nosso ser, gerando segurança. A aceitação mútua, na comunicação entre pessoas, é a pedra de toque para o avanço profundo de cada um de nós na reorganização dos seus espaços pessoais, no gerenciamento das diversas tensões, na integração de todas as nossas dimensões.
Se conseguirmos desenvolver processos de comunicação autênticos, aprenderemos mais, evoluiremos mais, ampliaremos nossos horizontes emocionais e intelectuais de forma poderosa. Mas se nós fechamos em processos de comunicação inautênticos, cresceremos cada vez menos, perderemos a confiança nos outros e principalmente em nós mesmos.
Contudo, um questionamento é importante fazer nos dias atuais: Será possível sermos autênticos numa sociedade inautêntica? Como comunicar-nos de forma autêntica numa sociedade cheia de desconfianças? Como podemos ser autênticos, se tantos outros não o são? Como podemos ser autênticos se alguns poderão