TRANSMIDIA STORYTELLING

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Cenário Atual

Encontramos-nos num cenário de convergência na chamada cultura digital ou cibercultura. Onde a tecnologia está diretamente ligada a nossa vida. Nesse contexto usamos a tecnologia para tudo, ou quase tudo. Há aqueles mais resistentes, mas as crianças que nascem nessa geração 2.0 são nativas. Enquanto que uns se esforçam para acompanhar essa cultura criando perfis para se conectar e interagir com o mundo virtual as crianças mostram naturalmente uma aceitação pelas novas tecnologias. Santaella (2003) afirma que os responsáveis por possibilitar novos ambientes culturais são os processos comunicacionais e as informações que ali circulam.
Ou seja, cultura digital não tem haver só com um universo geek ou novas tecnologias, mas sim com um comportamento que a sociedade passa a ter com esses novos meios de comunicação. Mcluhan em sua obra Os Meios de Comunicação como Extensão do Homem afirmou que a tecnologia estaria tão ligada ao homem que seria como uma extensão de seu corpo.
Levando em consideração Lemos (2009), podemos identificar que houve a liberação do pólo de emissão, de modo que, se antes o fluxo comunicacional se dava via “um-todos”, agora, podemos concebê-lo via bidirecional, “todos-todos”. Além disso, se antes o polo de emissão era controlado por poucos (os grandes conglomerados de mídia), com sua liberação, qualquer um desde que conectado à rede, pode assumir o patamar de emissor. Isso pode ser exemplificado através das novas maneiras de socialização e “de disponibilização da informação e na opinião e movimentação social da rede” (idem, p. 09), as quais são corporificadas no ciberespaço, que por sua vez, potencializa novas formas comunicativas (chats, e-mails, blogs, sites, etc). Por conseguinte, esse novo ambiente possibilitou o surgimento de uma nova esfera conversacional, não mais controlada pela indústria midiática massiva, mas sim, “livre” para os indivíduos interagir com outros indivíduos, manifestar sua