transgenicos, pragas e a industria multinacional de venenos, monsanto
O milho BT MON-810, transgênico da multinacional desenvolvido para resistir aos venenos que combatem a praga Helicoverpa zea (lagarta-das-espigas), originou um descontrole no ecossistema local.
Com a erradicação da Helicoverpa zea nas plantações de milho, abriu-se espaço no ecossistema para a instalação, permanência e reprodução em larga escala de uma nova praga, no caso uma praga ainda não diagnosticada no Brasil, a Helicoverpa Armigera, que se instalou nas plantações de milho, soja e algodão da região oeste do estado, chegando a dizimar algumas áreas de plantação.
“A grande importância da cultura do milho, é que ela pode servir como uma ponte biológica, sendo um fornecedor desta praga para as outras culturas”, relembrou Antônio Grespan, presidente do Conselho Técnico da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba).
Segundo o secretário de Agricultura da Bahia, Eduardo Salles, a situação afetou 1,5 mil produtores que chegaram a realizar até seis pulverizações em suas lavouras com o objetivo de conter a praga, mas o caso não se resolvia. Estima-se uma perda de 15% na produção de algodão e 10% na de soja.
Salles acrescenta, ainda, que nas lavouras de algodão os produtores estavam gastando cerca de US$ 300 por hectare na pulverização. O oeste baiano planta cerca de 270 mil hectares de algodão. Nas lavouras de soja, o custo aumentou em US$ 100 por hectare. São cerca de 1,3 mil hectares plantados com o grão na região. Com isso, estima-se um prejuízo em cerca de US$ 500 milhões (cerca de R$ 1 bilhão).
A crise nas lavouras baianas gerou tamanho impacto que no dia 22 de fevereiro foi realizado o Fórum Regional sobre Helicoverpa em Luís Eduardo Magalhães (BA), que