Transgenia Animal
A transgenia é uma ferramenta que permite a modificação genética de animais ou plantas pela introdução de DNA exógeno (material genético de outra origem), no material genético destes organismos.
Esta técnica pode trazer muitos benefícios, dentre quais os mais almejados são o melhoramento da eficiência pecuária, a construção de modelos genéticos para o estudo de doenças, a fabricação de bioprodutos pela indústria farmacêutica ou ainda a obtenção de melhorias ou maior conhecimento em diversos outros campos de pesquisa. O termo “animal transgênico” vem sendo empregado desde o início da década de 80. Os camundongos foram os primeiros mamíferos nos quais a transgenia foi conseguida com sucesso. Dentre os animais de produção, os suínos, coelhos e ovinos foram os primeiros a serem geneticamente modificados, em 1985. A partir de então, animais transgênicos de diversas outras espécies, como bovinos, caprinos, aves e peixes foram produzidos com sucesso e finalidades distintas. No campo agropecuário, a grande vantagem que se espera com a transgenia é o aumento da produção animal, tal qual se objetiva com a seleção natural, porém, com intensidades maiores e prazos menores.
Em 1990, por exemplo, foram produzidos suínos com resistência à influenza e, em 1999, camundongos transgênicos pra produção da proteína alfa-lactalbumina, o que possibilitou aumento da produção de leite e suas progênies cresceram 8,7% mais rápido do que as de camundongos normais. Além disso, já existem alguns animais de produção que produzem leite contendo enzimas (como a lactoferrina, lisozima humana ou lisostafina) que possuem a função esperada de proteger tanto os consumidores de leite quanto a glândula mamária dos animais que as produzem contra infecções bacterianas, como a mastite.
Outro exemplo de grande potencial para utilização da transgenia na pecuária é a possibilidade de produzir animais com musculatura dupla. Essa característica naturalmente