Transformações e economia na sociedade mineradora

Esperada desde o início das atividades exploratórias sob terras brasileiras, a descoberta de metais preciosos por Portugal só aconteceu no fim do século XVII, com a queda do preço do açúcar. A notícia da descoberta espalhou-se rapidamente, provocando um grande aumento populacional na região das minas.
A região, inicialmente explorada pelos bandeirantes nativos, logo assistiu a chegada de vários súditos da Coroa Portuguesa. A corrida pelo ouro chegou a provocar um conflito entre portugueses e bandeirantes, que ficou conhecida como A Guerra dos Emboabas.
Para combater o contrabando, o governo criou as Casas de Fundição e quem fosse flagrado com ouro fora das determinações podia sofrer severas punições. Parte da população, contrariada com essas medidas, promoveu a Revolta de Vila Rica em 1720. Em 1729 foi criada a Intendência das Minas.
Além de potencializarem as tensões entre a colônia e a metrópole, a mineração também trouxe certa dinâmica a economia interna. A pecuária e a agricultura nas regiões Sul e Nordeste cresceram.
Na segunda metade do século XVIII a produção do ouro caiu brutalmente. Acreditando que a escassez do ouro se devia à negligência com o trabalho e ao contrabando, o governo aumentou o controle e a opressão.
Na segunda metade do século XVIII a produção do ouro caiu brutalmente. Acreditando que a escassez do ouro se devia à negligência com o trabalho e ao contrabando, o governo aumentou o controle e a opressão.
Em 1750, foi determinado que a soma total do quinto deveria atingir 100 arrobas (1 arroba equivale a 15 kg) de ouro por ano, os mineradores tiveram suas dívidas aumentadas. Em 1765 foi decretada a derrama: cobrança de todos os impostos atrasados, sem poupar ninguém.
Nos primeiros 70 anos do século XVIII o Brasil produziu mais ouro do que toda a América espanhola em 357 anos. Essa produção correspondeu a 50% de todo o ouro mundial entre os séculos XV e XVIII. Mas grande quantidade desse ouro transferiu-se para a Inglaterra, com quem