Transformações do desenho de animação com a popularização da tv
A televisão foi talvez a grande responsável pelo sucesso do licenciamento e também será responsável pela transformação na forma e conteúdo dos desenhos de animação. Através dela, abrem-se novas possibilidades de exibição e, dessa vez, os longa-metragens feitos a cada ano, não serão mais suficientes. A televisão se torna uma janela para curtas em serie que poderiam ser exibidos diariamente, o que exigia uma produção extremamente rápida .
Dessa forma, surgem desenhos animados que iram uma forma simplificada, com movimentos restritos e sem muita perspectiva em seus cenários. Um ótimo exemplo desse tipo de animação é a criação da dupla Hanna-Barbera, Os Flintstones (The Flintstones, EUA, 1960). O enredo (conteúdo) também não será muito elaborado, seguindo a já comprovada formula de sucesso da típica família americana, no entanto combinada à liberdade de criação que constrói um cenário ilusório de um mundo no tempo jurássico.
A regularidade de exibição dos desenhos combinada ao grande publico atingido e às possibilidades de propaganda, fazia com que a televisão se tornasse o veiculo perfeito para a venda de produtos relacionados aos programas que ela exibia. Os comerciantes poderiam exibir seus produtos nas pausas comerciais nos canais de TV, produtos esses que estampavam os personagens que estavam sendo mostrados durante a programação. Um objeto qualquer (seja ele um boneco, lancheira, roupa, etc) venderia muito mais quando associado à imagem de um personagem conhecido e apreciado pelo publico.
Nos Estados Unidos, por exemplo, enquanto anteriormente eram as emissoras que compravam os filmes de animação que comporiam sua grade, a partir da década de 80 a situação muda: os próprios fabricantes de brinquedos começam a comprar horários das emissoras para garantir a exibição dos personagens que vendiam (seja em bonecos, jogos, fraldas, etc).
Dessa forma, mais uma vez o cinema de animação