Transformação Social é uma escolha política
O TRABALHADOR SOCIAL NO PROCESSO DE MUDANÇA
EDUCAÇÃO E MUDANÇA – PAULO FREIRE
“Tentar a conscientização dos indivíduos com quem se trabalha, enquanto com eles também se conscientiza, este e não outro nos parece ser o papel do trabalhador social que optou pela mudança”. Paulo Freire
Belo Horizonte 2014
Entender a realidade é essencial para ver o que precisa ser mudado, deve-se penetrar no contexto a ser estudado e imerso nele observar aquilo que é central. Para admirar o contexto total na sua profundidade é necessário separar as partes deste e analisa-las separadas, assim de forma dialética, deve-se voltar o olhar para o todo e assim ter uma melhor compreensão de sua significação. O ambiente a ser transformado é a estrutura social e o agente desta transformação é o trabalhador social.
A estrutura social não é estática e, também, não é somente mutável pois ela permanece num jogo dialético da mudança-estabilidade. O ponto central do ser da estrutura social é a duração da contradição entre mudança e estabilidade. Essa estrutura só existe pois é resultado de ações que são fruto do trabalho exercido pelo homem. Tanto as mudanças quanto as estabilidades são produtos do trabalho e é esse mundo construído pelo homem que acaba por condicioná-lo. O mesmo não pode fugir do condicionamento de sua própria produção, pois, a contradição ou transformação gerada será também obra dos homens. Quando um indivíduo propõe-se a mudar é preciso pensar em duas coisas: Mudança implica em uma constante ruptura da inércia. Estabilidade por sua vez busca a cristalização da criação. Aquele que se propõe mudar deve sempre romper com a inércia. Ele precisa refletir sobre a estrutura social e pensar sobre a mudança e estabilidade como expressões desta. Optando pela mudança o indivíduo enfrentará a anti-mudança que se orientará no sentido de frear a transformação.
De acordo com o texto “O trabalhador social no