Transferir
Os meios de comunicação (mídia) criam na sociedade sabedorias convencionais equivocadas, assimiladas por esta inconscientemente, a partir da combinação entre manipulação (informativa e psicológica) e ideologia
Introdução
No decorrer do tempo, conceitos éticos, culturais e sociais vêm sendo modificados e, alguns, criados no intuito de se adaptarem a realidade do mundo contemporâneo. Nos tempos atuais há grandes controladores destes conceitos, entre eles estão: os Três Poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário), a religião e, o mais forte deles, a mídia. Esta fonte de poder utiliza-se, por sua vez, da manipulação e da ideologia, fazendo com que as pessoas assimilem algumas sabedorias convencionais (popularmente conhecidas como ‘senso comum’) errôneas retirando, assim, o enfoque que seria necessário dar a assuntos de maior importância e bastante questionados pela população, como por exemplo, de problemas sociais de alto risco.
No estudo da evolução histórica da sociedade, determinados pensadores analisavam a comunicação entre os seres humanos, as formas de tomada de decisão e de convencimento utilizadas uns frente aos outros. Dentre essas maneiras, podemos destacar o termo “manipulação”, citado por Mario Stoppino (2002). Este estudioso relata em sua obra que o termo, originalmente, era empregado para designar certas intervenções do homem na natureza, onde se manuseavam ou se tratavam fisicamente determinadas substâncias naturais com o intuito de lhes alterar a forma. Ao longo dos anos, porém, a manipulação começou a apresentar sua utilização em um âmbito mais entre indivíduos, no qual um controla a outro sem seu consentimento. Ainda segundo Mario Stoppino (ano, página):
O manipulador trata o manipulado como se fosse uma coisa: maneja, dirige, molda as suas crenças e/ou os seus comportamentos, sem contar com o seu consentimento ou sua vontade consciente. O manipulado, por sua vez, ignora ser objeto de manipulação: acredita que adota o comportamento que