Transe social
POR
Dr. LUCIANO CAIRUZ
Digo e tenho dito uma das inúmeras contradições da sociedade pós moderna é essa corrida pelo ouro, ouro? Bom, falando em valores o ouro a que me refiro é a busca incansável pela informação. Vivemos uma sociedade atual intrinsecamente midiática, onde a cultura da leitura tem ficado cada vez mais empobrecida, dando lugar aos hábitos mecatronicos. Herbert Marshall McLuhan filosofo e educador Canadense, nos traz a teoria da aldeia global, parte de uma tese central: o Meio é a Mensagem. Trata-se de uma formulação excessiva pela qual o autor pretende sublinhar que o meio, geralmente pensado como simples canal de passagem do conteúdo comunicativo, mero veículo de transmissão da mensagem, é um elemento determinante da comunicação. Essa tendência nos traz considerável preocupação com respeito ao sujeito humano que por sua vez se desumaniza cada vez mais, as pessoas estão cada vez mais preocupadas consigo mesmas esquecendo-se do outro, buscando para seus problemas soluções praticas e imediatas. Como eu disse anteriormente a sociedade ansiosa tem abandonado a cultura da leitura, aquela que nos habilita a fazer não só uma leitura melhor de si mesmo, bem como uma leitura adequada do outro, deixar de ler livros pela manhã, estar mais com a família, buscar uma higiene mental, gastar mais tempo com os filhos, é se permitir um embotamento mental, a sociedade atual vive um transe geral como se fossem zumbis que não conseguem olhar para nenhuma outra direção senão para seu apetite desenfreado por coisas quais não trarão sua verdadeira felicidade. Quero considerar neste texto uma máxima de Dalai Lama: “Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro esquecem o presente de forma que acabam por não viver nem no presente nem no futuro. E vivem como se nunca fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido.” Vamos refletir e retornar ao paradigma