Transcendencia e seus aspectos
Guimarães relata no seu texto um pai que, por motivos desconhecidos, abandona tudo, a saber, sua própria família, com o intuito de viver em uma canoa, isolado de tudo e de todos. Este homem passa a transcender apartir do momento em que deixa toda uma sociedade patriarcal para viver para buscar algo que vai além da matéria e que ultrapassa os limites do seu próprio corpo.
A transcendência pode ser vista no título do conto, “A terceira margem do rio”, levando em consideração que um rio por natureza possui duas margens, onde estaria esta terceira margem que é tão procurada pelo pai, podemos concluir então que ele transcende os limites do real, material.
O filho por sua vez espera e almeja o retorno do pai, buscando e procurando por ele, o pai não dá retorno e se restringe a navegar de um lado a outro visando algo além. Porém ele não se faz de todo ausente, pois permanece presente na memória e á vista daquele filho que tanto o espera.
Além de esperar carrega um sentimento de culpa por permitir que seu pai partisse de casa, algo que na verdade não dependia dele. Mesmo tendo conhecimento disso o filho permanece ao longo dos anos a se martirizar, se culpar e se desgastar. Percebemos então o tamanho amor que este sentia por seu pai, era um sentimento tão grande intenso, que não cabia a ele medidas.
Devido a esse sentimento que o queria fazer estar próximo ou mesmo reencontrar o pai, ele acaba por ficar sozinho, pois todos a sua volta haviam se cansado de esperar por um retorno que na verdade não iria acontecer e os demais familiares não compreendiam a espera do filho e por isso acabaram se mudando para outra cidade e o deixando só. Esse acabou por ficar e continuar a tentar cuidar de seu pai mesmo que de longe.
Após anos e anos daquela espera continua