Trampo
As idéias iniciadas por Comte abriram caminho para o surgimento de outras abordagens que também tinham como objetivo analisar os fenômenos que aconteciam na sociedade. A principal delas é a sociologia desenvolvida por Émile Durkheim. Esse modelo foi chamado de sociologia funcionalista, pois faziam parte de sua metodologia positivista as comparações entre o corpo humano e a sociedade. Isto é:
ele acaba definindo a sociedade como um organismo, composto por partes que garantem a sobrevivência do todo por meio do desempenho de funções específicas. Funções, nesse caso, são os efeitos provocados no todo por uma das partes constituintes.
Vilalba, 2006, p. 73
O nosso sistema imunológico conta com a participação dos glóbulos brancos, que entram em ação toda vez que um organismo estranho invade o nosso corpo. É o mesmo papel que a polícia desempenha na sociedade. Do contrário, tanto ela, quanto o nosso organismo não conseguiriam cumprir seus objetivos, ou seja, sobreviverem.
Pelas nossas veias e artérias circulam o sangue levando oxigênio para todos os nossos órgãos. Agora, se uma pessoa tiver uma vida sedentária, certamente, apresentará índices elevados de colesterol nocivo, o que impedirá que o sangue circule corretamente. O mesmo ocorre com a sociedade. Em muitas regiões, nos horários de pico, o trânsito não flui como deveria. Isso faz com que o "corpo social" apresente problemas parecidos com aqueles verificados no corpo humano.
Função e Disfunção
O conceito de função utilizado pelos funcionalistas apresentava alguns problemas, sendo que o principal deles era o fato de apenas os fenômenos considerados funcionais serem contemplados. Ou seja, funcional era o conceito atribuído a tudo aquilo que na estrutura social realiza o seu trabalho (função) de forma repetitiva garantindo, assim, a estabilidade do sistema.
“isto é, para além das funções (ou disfunções) diretas, existem funções (ou disfunções) indiretas; finalmente,