Trajetórias Femininas no campo da Arquitetura Moderna
Patrizia Genovese
A invisibilidade feminina no campo da arquitetura e design indica silêncios que devem ser transpostos, há urgência em buscar referências e pistas que permitam preencher esses vazios. A participação das mulheres e suas trajetórias foi ignorada pela história, uma silenciosa divisão de trabalho por gênero no interior da prática arquitetônica,em atividades consideradas relevantes para registro e conhecimento das gerações futuras.
O século XX foi cheio de mudanças para as mulheres com grandes transformações nas suas relações com o mundo, as mulheres saíram da reclusão do espaço privado para o público, não só para ter uma maior liberdade de movimento mas também com a ocasião de se tornar profissionais, da casa para a cidade. Até a decada de 60, quando o movimento feminista impulsionou os estudos de gênero, praticamente inexistiam referências às mulheres na história do Design, e as personagens femininas nas últimas décadas vem desempenhando um papel de crescente importância e merecem ser elevadas à condição de sujeito da história, a presença feminina foi responsãvel por feitos de revolução simbólica no campo.
Este ensaio compara duas revistas de arquitetura italianas Casabella e Parâmetro que dedicaram uma edição especial à Arquitetura Feminina (1), organizando a memória de algumas figuras femininas, pioneiras da arquitetura moderna e suas contemporâneas.
A abordagem no cuidado e desenvolvimento do tema, pelas duas revistas é substancialmente diferente, mas os argumentos abordados ao mesmo tempo se complementam, traçando uma genealogia da arquitetura para as mulheres: das mães da arquitetura moderna, feminista e pós-feminista às arquitetas do terceiro milênio.
Os editores de parâmetro tiveram o cuidado de traçar um perfil de cinco profissionais, mães da arquitetura moderna se perguntando "Quem foram as