Trajetórias da Sociologia no Brasil
O texto traz uma perspectiva mais descritiva do que analítica e traz algumas posições mais reflexivas já escritas a respeito desse movimento de pioneirismo da sociologia no Brasil. com o advento do capitalismo, a saída dos cidadãos do campo para as cidades e as mudanças no modo de produção causaram um caos nas cidades, pois se faltava emprego, moradia, segurança, tudo mudou de uma forma drástica e muito rápida e a sociedade clamava por uma ciência que conseguisse explicar, intervir e compreender os problemas sociais e a nova ordem das relações sociais que estavam surgindo, é nesse contexto que nasce a sociologia.
No Brasil, desde o final do século XIX esta nova ciência penetra na roda dos intelectuais e passa a ser discutida, mas ela só é introduzida nos currículos escolares de forma obrigatória em 1925, com a reforma Rocha Vaz. Mas os debates em torno do campo sociológico antecedem essa institucionalização. Apesar de a sociologia chegar ao Brasil como ciência autônoma, com objeto e método próprio, apenas em meados do século XIX, os primeiros pensadores sociais antecederam esta fase, e formaram o alicerce para que os próximos estudos sociológicos sejam realizados no Brasil. Os relatos, as crônicas dos viajantes que passaram por aqui nos três primeiros séculos de colonização, mesmo sendo escritos pré-científicos, ajudaram e ajudam muito a compreender a realidade da formação social do Brasil e como se construiu uma nação contra a vontade de seus habitantes. A sociologia é utilizada, a partir da segunda metade do século XIX, para tentar compreender o processo de formação da sociedade brasileira, com as obras de Euclides da Cunha, Oliveira Vianna, Gilberto Freyre (1930), Sérgio Buarque de Holanda (1936), Caio Prado Júnior (1933), dentre outros.
Azevedo (1958) divide a história da sociologia em três fases: 1ª – da segunda metade do século XIX até 1928 e seria anterior ao ensino e pesquisa; 2ª – é