Trajetória da Política Social das velhas leis dos pobres ou Welfare State da política social
Nesta apresentação, percebemos que política social é um “processo complexo e multideterminado, contraditório e dinamicamente relacional”. O grande tema tratado e discutido diz respeito à identificação entre política social (social policy) e Welfare State.
Para muitos, trata-se de fenômenos equivalentes pelo fato de o Welfare State ser um modelo estatal de intervenção que implantou e implementou sistemas de proteção social, especialmente a partir do segundo pós-guerra. Logo, ambos, constituiriam uma resposta combinada aos embates de classes, que tiveram seu ponto alto nos fins do século XIX no auge da segunda revolução industrial, no qual a classe operária conquistou direitos sociais. Um dos defensores seria Thomas Henry Marshall, conhecido como o teórico da cidadania, o qual considera o Welfare State e as políticas de seguridade (sociais) uma experiência inglesa que ganhou propulsão após a Segunda Grande Guerra.
A extensão da cidadania conquistada por setores organizados da sociedade, o Welfare State assumiu configuração social-democrata e adotou políticas sociais que visavam não apenas zelar pela ordem social estabelecida, punir a “vagabundagem”, ou se deixar reger, livremente, pelo mercado (laissez-faire), mas também prestar serviços e benefícios como direitos devidos. Segundo a autora, este foi o período em que a política social teve os seus melhores momentos como instrumento de concretização de direitos sociais, embora, pelo fato de ser contraditória, também passou a atender interesses do capital.
O Estado sendo considerado um agente de dominação, na sua relação com a sociedade, é uma condensação de forças econômicas e extra-econômicas que operam dentro e fora do aparelho estatal tendo em vista a satisfação de interesses de classe contrários entre si.
Recentemente, surgiram tendências e perspectivas de a política social mais ser protogonizada pelo Welfare State, mas sim pela