Trajetoria do serviço social
O Serviço Social é uma profissão dinâmica que possui um curto, mais belo processo histórico. Seus fundamentos foram estruturados no final do século XIX, quando se consolidou o processo de industrialização, conhecido na história da humanidade como Revolução Industrial.
Tal ‘revolução’ facilitou a consolidação do capitalismo, que ainda no final daquele século, adquiriu um novo perfil, deixando de lado seu aspecto o concorrencial para adquirir seu estágio monopolista, gerando, desta forma, significativos impactos na estrutura societária.
Nesse cenário de grandes questões sociais, surgiram as bases que estruturam o Serviço Social, que, durante muito tempo, esteve a serviço da burguesia, recebendo forte influência da doutrina social, desenvolvida pela Igreja Católica.
O serviço social, enquanto profissão criada para cumprir determinadas tarefas na sociedade capitalista carrega no seu interior contradições e antagonismos que se explicitam na análise de sua trajetória histórica de prática com as classes sociais.
2. Desenvolvimento
O Serviço Social teve origem no final do século XIX, a partir da iniciativa de grupos sociais majoritariamente femininos vinculados à igreja católica, cuja origem social pode ser localizada na burguesia e aristocracia agrárias da época, e que constituirão exatamente a base social do movimento leigo. Em seu princípio, o Serviço Social serviu aos propósitos da burguesia, que utilizou os primeiros profissionais da área, para, de forma indireta, amenizar os conflitos surgidos entre a crescente classe operária absorvida pelo sistema capitalista em ascensão.
O Serviço Social, no princípio, possuía um caráter de filantropia, sem, contudo, apresentar um perfil profissional. Durante muito tempo, o Serviço Social assim se manteve, aderindo, posteriormente, aos dogmas da doutrina social da Igreja Católica, que deu um aspecto ‘humanista’ à profissionalização do Serviço Social. O processo de profissionalização do