Trajetoria do serviço social no brasil
QUILOMBO, TERRITÓRIO E GEOGRAFIA Lourdes de Fátima Bezerra Carril 1 l.carril@uol.com.br RESUMO: Este artigo analisa a autoidentificação do quilombo por comunidades rurais no vale do Ribeira, na luta pelo acesso à terra, ancorada no artigo 68 da Constituição Brasileira, que garante o direito às terras de quilombos, no Brasil. A análise se estende ao fato de que comunidades de rappers, bem como outros moradores da periferia de Capão Redondo, em São Paulo, também vêm chamando para si a auto-identidade de quilombolas e para esses espaços da cidade, de quilombos. Procura-se entender que essa representação expressa, tanto a exclusão da terra no campo, como a segregação social, espacial e racial na cidade. Liga-se às relações desiguais e contraditórias, historicamente, presentes na constituição sociedade-território no Brasil. Em ambos os casos, os grupos buscam uma identidade comum. A identificação e a representação do quilombo torna-se base para a sobrevivência física e cultural, significando também a tentativa de reenraizamento social e espacial ou de criação de uma nova territorialidade, a inserção social pelo rap e a recuperação da autoestima. Palavras-chave: Quilombo, identidade, território, territorialidade, segregação, sócioespacial e racial, confinamento, relação sociedade-território. ABSTRACT: This paper analyses the autoidentification of quilombo by country comunnities in the Vale do Ribeira, in the struggle for land access, under the light of the Brazilian Constitution 68 article, which secure the right of property for quilombo lands in Brazil. The analysis scope goes through the fact that rapper communities and other people that lives in Capão Redondo perifery in São Paulo, are assuming for themselves the autoidentification of quilombolas and calling those city spaces Quilombos. The attempt is to understand that
Mestre em História Social e Doutora em Geografia pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências