Trailers como obras audiovisuais independentes
DEFINIÇÃO:
A palavra trailer é um termo anglo-saxão, que significa “aquilo que arrasta, ou aquilo que segue a pista, rastreador”. Segundo PUCHE (2005, 64) a tradução nos dá uma ideia muito clara do duplo sentido desta peça audiovisual, criada para projeção em salas de cinema com duração de 1 a 3 minutos:
1. É uma antecipação da película, resumindo o argumento do filme, mostrando os melhores momentos do filme sem revelar o final, além de proporcionar ao espectador o clima e tom da obra.
2. Utiliza o discurso publicitário para dirigir-se, fundamentalmente, aos espectadores, com a intenção de que os mesmos se sintam motivados a assistir o filme, por meio de uma mensagem atrativa e sugestiva.
Os trailers servem basicamente de ligação entre o filme que será lançado no futuro e o espectador que o aguarda, isso ocorre através de uma estrutura formada pela junção de planos normalmente retirados das partes mais emocionantes, engraçadas, ou de outra forma notável do filme e, geralmente sem produzir spoiler, fazendo com que o espectador crie a possibilidade de filme em sua cabeça, que deseja assistir.
HISTÓRIA:
A primeira projeção de trailer que se tem notícia ocorreu em 1912, na Praia de Rye, Nova York. Após a projeção da série As aventuras de Kathlyn (The adventures of Kathlyn, 1913), seguia-se um pedaço de filme que mostrava a protagonista da história sendo jogada aos leões e em seguida um letreiro “Does she escape the lion’s pit? See next week’s thrilling chapter”.
Em 1916, a Paramount já liberava trailers de seus filmes mais famosos e em
1919 o estúdio possuía uma divisão especializada em montar previews para todos os seus filmes. A falta de interesse dos demais estúdios em seguir esta iniciativa abriu espaço para uma série de empresas em Nova York, que viram na publicidade cinematográfica um caminho a se construir.
É nesse contexto que surge a National Screen Service (NSS), empresa