TRAFICO INTERNACIONAL DE MULHERES - ROTAS
Consideram-se “rotas”, caminhos previamente traçados por pessoas ou por grupos que têm como objetivo chegar a um destino planejado. O principal motivo de sua definição é indicar a direção ou o rumo que melhor atenda às necessidades dos que por elas venham a transitar, seja em viagens de turismo e de negócios, em expedições para estudos e descobertas, ou para realizarem atividades ligadas ao crime organizado.
Devido ao fato da pobreza e grande diferenças sociais ainda caracterizarem um dos principais motivos que levam mulheres a cair em redes de tráfico humano, não é de se espantar que o fluxo principal ocorra dos países subdesenvolvidos para os desenvolvidos. Atualmente o fluxo se dirige para os países industrializados, envolvendo assim quase todos os membros da União Européia.
Há uma relação direta entre as regiões mais pobres do Brasil e a geografia das rotas do tráfico de pessoas no país. As regiões que apresentam os maiores índices de desigualdade social são aquelas que mais exportam mulheres e adolescentes para o tráfico doméstico e internacional. O fluxo do tráfico ocorre das zonas rurais para as urbanas e das regiões menos desenvolvidas para as mais desenvolvidas, assim como dos países periféricos para os centrais. (RÉZIO, Juliana – Mercadoria Humana: Tráfico de Mulheres em Goiás para Exploração Sexual Internacional).
Apesar de existir o fluxo migratório para países não tão desenvolvidos como os da Europa, essa quantidade não atinge um limiar que se possa igualar, uma vez que o padrão indica que as mulheres saem dos países de Terceiro Mundo para iniciarem um novo caminho nos chamados países de Primeiro Mundo. Também se iguala a procura no tráfico de migrações, uma vez que aqueles que normalmente optam por uma migração ilegal estão em busca de países desenvolvidos.
Segundo a PESTRAF (2002), os países que mais exportam mulheres são: Gana, Nigéria e Marrocos, na África; Brasil e Colômbia, na América Latina;