Trafico de animais
Tráfico de animais
Introdução
De acordo com a legislação brasileira, o tráfico de animais é todo comércio ilegal de espécies que vivem fora do cativeiro, formando a fauna silvestre. Animal silvestre não é o doméstico, que já está acostumado a viver perto das pessoas, como os gatos, cachorros, galinhas e porcos, entre outros. O silvestre foi tirado da natureza e reage à presença do ser humano. Por essa razão, tem dificuldades para crescer e se reproduzir em cativeiro. O papagaio, a arara, o mico e o jabuti são exemplos de animais silvestres.
O tráfico de animais era prática muito comum nas Américas, quando na época do descobrimento. Nos séculos 15 e 16, os navegadores portugueses e espanhóis levavam todos os tipos de animais que encontrassem para a Europa. Pássaros tropicais de plumagem exuberante eram luxos que brilhavam nas cortes daquele tempo.
Ainda hoje este fascínio é exercido por espécies raras em colecionadores do mundo inteiro, principalmente Estados Unidos, China e Europa, que pagam até milhares de dólares para ter animais ameaçados de extinção como peças particulares para serem mostradas.
Segundo pesquisa da Organização das Nações Unidas, o tráfico de animais é a terceira maior atividade ilícita no mundo, depois apenas do tráfico de drogas e armas. Estima-se que este mercado movimente algo em torno de 20 bilhões de dólares por ano. O Brasil concentra 10% deste movimento, com 2 bilhões de dólares por ano. Uma conjunção de fatores, como a pobreza e a fraca presença de fiscalização, mantém o País no topo do mercado.
Dener Giovani, fundador da organização não governamental Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas), afirma que, “a pobreza força populações que vivem próximas às matas a vender seus habitantes para levantar recursos. A fraca fiscalização é garantia de impunidade”. A Renctas atua desde 1999 e publica relatórios sobre o tráfico de animais no Brasil. De acordo com Giovani,