traficantes t m levado principalmente cocaina e maconha aos indigenas
Isso inclui permitir que parte das reservas – normalmente localizadas em regiões remotas – sirva de refúgio para traficantes ou então de ponto de consumo para usuários, completa a polícia.
Não há dados oficiais sobre a quantidade de índios viciados, mas os relatos mostram que o número tem crescido.
“Tenho recebido uma quantidade imensa de apelos por socorro, e isso inclui também drogas lícitas, como o álcool”, conta Sandra Terena, índia da tribo Terena, do interior do estado de São Paulo.
Sandra, 29 anos, é jornalista e presidente da ONG Aldeia Brasil.
Como percorre o país para fazer documentários sobre os índios, Sandra tornou-se referência em questões indígenas.
“Um agente da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) em Rondônia, que cuida de várias aldeias do Amazonas, por saber do meu trabalho, veio me pedir para criar uma campanha para reduzir o consumo de álcool”, conta Sandra. “O alcoolismo tem levado a violência para dentro das tribos, desestruturado famílias. E o vício da bebida também pode ser a porta de entrada para o consumo de outras drogas.”
Em muitas aldeias, a situação chega a casos extremos, com brigas que podem levar à morte, completa Sandra.
“É preciso ter algum programa de recuperação para essas pessoas e também um controle maior do acesso às aldeias, porque são as pessoas de fora que estão levando as drogas até os índios”, defende Sandra.
Em nota ao Infosurhoy.com, a Fundação Nacional do Índio (Funai) explica que o trabalho que realiza junto às comunidades indígenas é de conscientização para coibir a entrada e o uso de entorpecentes.
A ação de repressão é feita pela Polícia Federal, que recebe as denúncias.
O Brasil tem 817.000 indígenas, o equivalente a 0,42% da população do país, de acordo com dados preliminares do Censo Demográfico 2010 do