Traduçao do préfacio do Livro IV de De Institutio Oratoria Quintiliano
Prefácio
Eu completei agora, meu querido Marcellus Victorius, o terceiro livro do trabalho, o qual eu dediquei a você, e estou quase terminando o quarto (livro), e sou confrontado com um motivo para um cuidado renovado e uma maior ansiedade com o julgamento que esse trabalho pode merecer. Até esse ponto nós estivemos discutindo somente retórica entre nós mesmos e, no caso de nosso sistema ser visto como largamente inadequado para o mundo, estivemos nos preparando para nos contentarmos com o pôr isso em prática em casa e confirnar-nos para a educação de nossos filhos. Mas agora Domitianus Augustus confiou a mim a educação dos netos de sua irmã, e eu não devia ser merecedor da honra conferida a mim por tal divina apreciação, se eu não considerasse essa distinção como o padrão pelo qual a grandeza do meu trabalho deveria ser julgada. Para isso é claramente o meu dever não evitar a dor em moldar as características dos meus augustos pupilos, que devem ganhar devida aprovação do mais virtuoso dos censores (críticos). O mesmo se aplica ao treinamento intelectual deles, para eu não ser achado em desapontamento das expectativas de um príncipe pré-eminente em eloqüência como em todas as outras virtudes. Mas ninguém mais está surpreso com a freqüência com a qual os grandes poetas invocam as Musas, não somente no início dos seus trabalhos, porém mais adiante, quando eles chegam a alguma passagem importante e repetem seus votos e expressam novas orações por assistência. Portanto eu posso, certamente, pedir indulgências por fazer o que eu deixei de fazer quando eu primeiro comecei este trabalho e chamar todos os deuses e Ele mesmo antes de todos (pelo seu poder insuperável e não existe divindade que tenha tanto favor sobre o aprender), suplicando-lhe que me inspire com gênio em proporção da esperança que ele tem levantado em mim, que me empreste propícia e pronta ajuda e faça-me tal qual ele acreditou que eu poderia ser.