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A razão disso é que na corrente principal da cultura do BDSM (e, sim, subculturas têm correntes principais), consentimento é tratado como mecanismo pra negociar a permissão pra determinados atos, e quando obtido (ou, sob o modelo de "consentimento contínuo", contínuamente re-obtido), nenhuma violação não-consensual da permissão pra perfomance dos ditos atos pode ser afirmado como acontecido. Mas há dois problemas nisso. Primeiro, consentimento não é o mesmo que permissão, e, segundo, mesmo que fosse, permissão não é de fato a coisa mais importante sobre experiências de violação (regras não importam tanto como as experiências das pessoas que vivem sob tais regras).
Então se pessoas às vezes dão a outras permissão pra fazerem algo num contexto BDSM que elas realmente querem e ainda assim ficam "se sentindo inseguras, machucadas e violentadas", o que isso diz sobre BDSM?
Aqui está o que não diz: não diz que BDSM é categoricamente horrível e nunca deveria ser praticado por ninguém. Não diz que se sentir inseguro, machucado e violentado é culpa da pessoa "que consentiu", e que eles deveriam saber mais antes de se colocarem numa situação onde eles poderão se sentir dessa forma. Não diz nem que se sentir assim é