Trabalhos
INSTRUÇÃO: As questões de 16 a 22 devem ser respondidas com base no texto abaixo. Leia atentamente todo o texto antes de responder a elas.
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Na sociedade neoliberal, cresce a produção de bens supérfluos, oferecidos como mercadorias indispensáveis. O consumidor, massacrado pela publicidade, acaba se convencendo de que a saúde de seu cabelo depende de uma determinada marca de xampu. Melhor cortar a cabeça do que viver sem o tal produto... Para o neoliberalismo, o que importa não é o progresso, mas o mercado; não é a qualidade do produto, mas seu alcance publicitário; não é o valor de uso de uma mercadoria, mas o fetiche que a reveste. Compra-se um produto pela aura que o envolve. A grife da mercadoria promove o status do usuário. Exemplo: Se chego de ônibus à casa de um estranho e você desembarca de um BMW, acredita que seremos encarados do mesmo modo? Para o neoliberalismo, não é o ser humano que imprime valor à mercadoria; ao contrário, a grife da roupa “promove” socialmente seu usuário, assim como um carro de luxo serve de nicho à exaltação de seu dono, que passa a ser visto pelos bens que envolvem sua pessoa. Em si, a pessoa parece não ter nenhum valor à luz da ótica neoliberal. Por isso, quem não possui bens é desprezado e excluído. Quem os possui é invejado, cortejado e festejado. A pessoa passa a ser vista (e valorizada) pelos bens que ostenta. O mercado é como Deus: invisível, onipotente, onisciente e, agora, com o fim do bloco soviético, onipresente. Dele depende nossa salvação. Damos mais ouvidos aos profetas do mercado – os indicadores financeiros – que à palavra das Escrituras. Idolatrias à parte, o mercado é seletivo. Não é uma feira livre, cujos produtos carecem de controle de qualidade e garantia. É como shopping center, onde só entra quem tem (ou aparenta ter) poder aquisitivo. O mercado é global. Abarca os milhardários de Boston e os zulus da África, os vinhos da mesa