Trabalhos
Sabe- se que o Realismo teve seu marco inicial em 1857, na França com o lançamento do primeiro romance realista da literatura universal Madame Bovary, de Gustavo Flaubert e dez anos depois, Emile Zola publica o Thérése Raquin, inaugurando assim o romance naturalista. Embora sejam tendências que surgem bem próximas, podendo até serem confundidas, mas apesar das semelhanças, há também diferenças, porém, surgem contra o tradicionalismo romântico, focando na realidade do mundo objetivo e o momento das suas observações, onde os escritores e artistas dessas tendências procuravam sem preconceitos representar os problemas concretos e quotidianos do seu tempo. Logo, vira que as coisas não giravam somente em torno em si, o homem precisava se libertar do apego ao mundo subjetivo e ‘acordar’ para a vida real. Nessa época, século XIX a Europa sofria profundas alterações a todos os níveis, isso, graças à segunda fase da Revolução industrial, acontecia um crescente aumento das fábricas e da mão de obra assalariada, do proletariado. É o período da utilização das máquinas entre outras transformações. Começa- se a estruturação do capitalismo. O Realismo repercute muito com uma série de doutrinas filosóficas, o positivismo, socialismo e o evolucionismo, que se espalham na época. Por esse motivo, o idealismo romântico já não supria mais as necessidades, então a nova tendência vinha surgir como reação a esses ideais ultrapassados. Em Portugal, esse novo movimento aparece em meio que de um duelo, pois o que se sabe é que houve certa resistência por parte dos românticos. Essas diferentes visões de mundo resultam, na agitada e polêmica Questão Coimbrã, em que se defrontaram, de um lado, os velhos românticos da Academia de Lisboa e, de outro, os jovens estudantes de Coimbra, seguidores das novas ideias, tendo como líder do movimento Antero