Trabalhos
Em seu livro, “Território e História no Brasil”, traz a idéia de que desde a independência, as elites brasileiras conceberam o Brasil como um espaço, e não como uma sociedade. Além disso, a representação de um espaço a ser conquistado, num movimento expansivo no qual as populações foram pensadas como mero instrumento desse processo e não como agentes. A própria construção do país foi, assim, alçada à condição de projeto nacional básico, em que o Estado territorial[1] é seu principal condutor. As idéias de civilidade, modernização e recentemente de globalização, serviram e toam as justificativas em diferentes tempos do mesmo propósito enunciado e subentendido.
Neste ensaio, este geógrafo, considera essa determinação histórica com parte fundamental da formação do Brasil, sendo em contrapartida, responsável fidedigna por vários problemas enfrentados até a atualidade. Dessa forma, o papel das ideologias geográficas na história brasileira é uma condição fundamental para a construção de um país, quem sabe mais democrático porvindouramente.
A colonização da terra tupiniquim foi um processo de relação entre a sociedade e o espaço, consolidando o domínio territorial. Para o autor:
A colônia representa a consolidação desse domínio, sendo assim o resultado da conquista territorial. Portanto, em tais países a análise geográfica ilumina mediações no deslidamento de suas oportunidades históricas. E a história Brasileira é exemplar nisso (MORAES, 2005, p. 91 – grifos nossos)
Ora como se constitui um território? Para Moraes (2005, p.93) “construir um país é o mote ideológico que orienta o plano nacional”. Desse modo, com situações e características dos atores políticos, firma – se um conjunto de metas hegemônicas para a formação de uma nação, sobretudo, esse feito foi executado na história imperial do Brasil. Instituiu – se uma elite e não uma nação focada em agregar valores nacionais. Houve uma “sacralização do principio da manutenção da integridade do