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Veja como é possível construir um gerador eletrostático, dispositivo que produz uma tensão elétrica bastante alta, sem partes móveis e acionado pela energia de gotas pingando. Daí a denominação de chuva elétrica - uma brilhante idéia de Lorde Kelvin.
Gotas pingando a partir de um reservatório cheio de água (usamos um lata de óleo vazia, como reservatório) podem produzir milhares de volts. Parece coisa de mágico! A "mágica oculta" está no simples fato de que a água (assim como todos as demais substâncias!) é portadora de vasta quantidade de cargas positivas e negativas, em perfeito equilíbrio (cancelamento algébrico de cargas). Neste dispositivo, a energia potencial gravitacional das gotas de água é utilizada para desequilibrar as cargas elétricas das próprias gotas. Coisa de gênio.
O interessante do ocorrido é que o corpo eletrizado positivamente (o indutor) não tem o seu desequilíbrio de cargas afetado, contudo, as gotas (o induzido) negativas serão criadas continuamente, desde que a água continue escoando. A energia elétrica origina-se do trabalho realizado pela gravidade (peso da gota), puxando a gota negativa para longe do gotejador aterrado e longe do condutor positivo (o indutor).
NOTA: A polaridade da gota pode ser invertida, bastando para tanto que o condutor indutor seja negativo. A descrição será exatamente igual à anterior, porém os sinais das cargas serão invertidos.
Suponha agora que você disponha de dois gotejadores, fixados lado a lado, como se ilustra na figura abaixo. Agora basta coletar as cargas das gotas eletrificadas que caem de um deles para carregar ainda mais o condutor indutor do outro, e vice-versa. Desse modo teremos uma eletrização auto-sustentada, num sistema multiplicador de cargas elétricas: as cargas dos indutores aumentam progressivamente e, com isso, aumentam também as cargas induzidas nas gotas.
Diagrama geral da máquina Kelvin
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As cargas negativas retiradas das gotas que tocam no