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Miomas são tumores estrogênio-dependentes, podendo atingir um tamanho significativo sob a influência desse hormônio.
A maioria das mulheres com miomatose são assintomáticas, mas algumas apresentam sintomas que interferem no seu bem-estar. Os sintomas associados à miomatose são sangramentos anormais, aumento da frequência urinária (polaciúria), sensação de peso, desconforto no baixo ventre, dismenorreia e, ocasionalmente, sintomas urinários ou retais (Lippman et al., 2003; Wegienka et al., 2004).
Os sintomas são relacionados diretamente com o tamanho, o número e a localização dos leiomiomas. Os subserosos tendem a causar sintomas compressivos e distorção anatômica de órgãos adjacentes; os intramurais causam sangramento e dismenorreia; enquanto os submucosos produzem frequentemente sangramentos irregulares e estão mais associados à disfunção reprodutiva (Harrison-Woolrych; Charnock-Jones; Smith, 1994).
O sangramento uterino aumentado é a queixa mais comum relacionada á miomatose. Menorragia ou hipermenorreia (sangramento prolongado e excessivo) é o padrão típico associado a esses tumores. O sangramento abundante pode levar à anemia, à falta ao trabalho e a constrangimentos sociais. Acredita-se que o sangramento ocorra do aumento da superfície intracavitária, que altera a contratilidade do miométrio e dos vasos endometriais durante o período menstrual, levando ao ingurgitamento e ao sangramento anormal. Já o sangramento intermenstrual provavelmente decorre de congestão, necrose e ulceração do endométrio que circunda o mioma, sendo menos frequente (Marino et al., 2004; Wegienka et al., 2004). O aumento do volume uterino devido à miomas pode causar sensação de peso e de dor no baixo ventre, bem como compressão de órgãos vizinhos. Miomas de localização anterior podem provocar polaciúria por compressão da bexiga. Mais raramente, miomas de localização posterior comprimem o reto, causando tenesmo e constipação. A obstrução uretral por compressão é muito