Trabalhos
Roteiro experimental sobre as concepções e o modo de funcionamento e sobre algumas das conseqüências.
1. Retrospectiva da eletrificação
Com o desenvolvimento técnico havido na indústria capitalista, desde as primeiras máquinas a vapor (segunda metade do século XVIII) e os primeiros motores a combustão interna (século XIX), tornou-se factível a geração de eletricidade através do acionamento dos dínamos e depois, dos modernos geradores. A força motriz (rotação e torque de um eixo) para esse acionamento foi obtida em duas diferentes rotas : Por meio do aproveitamento das quedas d’água nos cursos dos rios, geleiras, fjords, e de alguns lagos de altitude; daí a expressão genérica hidroeletricidade. E, por meio da expansão dos gases quentes ou do vapor d’água obtidos a partir da queima controlada de combustíveis, daí a expressão termeletricidade. O processo de eletrificação de uma localidade, região, ou país, se fundamenta na construção e operação de usinas elétricas, mas significa muito mais que isso, algo mais integrado, historicamente, geograficamente, socialmente. Mesmo quando adotamos estritamente o ponto de vista técnico, o processo de eletrificação compreende também várias etapas intrinsecamente acopladas à produção (chamada de geração de eletricidade), que é feita nas usinas, também chamadas de casas de força (power plants) ou de centrais elétricas. A começar pelas etapas de construção e montagem de tais usinas. Exigem grandes encomendas de insumos e de partes, feitas a vários setores da indústria (construção civil, construção pesada, metalurgia do aço e ferro-ligas, cobre, alumínio, caldeiraria, montagem mecânica, eletromecânica e elétrica de grande peso e montagens de grande precisão). De modo similar, a transmissão de eletricidade em alta voltagem e a longas distâncias exige também investimentos pesados na construção de subestações com transformadores e vários outros implementos, e em “eletrovias” , sistemas de cabos