trabalhos
Epidemiológica da dengue em Belo
Horizonte, MG
O estudo foi realizado em Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, no período de 1996 a junho de 2002. Foram adotados os critérios de avaliação de qualidade dos dados de vigilância da dengue.
A dengue é arbovirose causada por um Flavivirus, com quatro sorotipos conhecidos. Caracteriza-se como doença febril aguda, com espectro clínico variando desde quadros febris inespecíficos até manifestações graves com hemorragia e choque: a febre hemorrágica da dengue (FHD) e a síndrome do choque da dengue (SCD). A FHD ocorre em dois a 4% dos indivíduos reinfectados. Em Belo Horizonte, Minas Gerais, a doença tem ocorrido de forma endêmica, com picos epidêmicos nos primeiros quadrimestres anuais e circulação dos sorotipos 1, 2 e 3. Isso se da à limitada efetividade no controle do vetor e à ausência de uma vacina eficaz.
A Vigilância epidemiológica da dengue deve ter agilidade suficiente para detectar precocemente as epidemias e casos de evolução grave, reduzindo a letalidade. A mesma deve se visar o diagnostico e bem defini-lo, para que assim nos serviços de vigilância, a notificação espontânea ambulatorial e hospitalar dos casos clínicos suspeitos de dengue constitui a base do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), que por hora esse método passivo de coleta pode gerar informações com representatividade distorcida alterando a qualidade dos dados pode ser avaliada por meio da medida do sub-registro de casos, que é decorrente de diversos fatores. Citam-se subnotificação, atraso nas notificações e digitação dos dados, problemas no processamento e transferência das informações e a ausência de uma retroalimentação adequada à fonte notificadora, gerando desestímulo e descontinuidade do processo. Portanto, o presente trabalho tem por objetivo avaliar a qualidade dos dados de vigilância da dengue, verificando sua sensibilidade e valor preditivo positivo (VPP) na