Trabalhos
A nova LDB e o Plano Nacional de Educação estão propondo que o aluno ingresse na escola aos seis anos, que o ensino fundamental aumente de oito para nove anos e que o educando tenha uma jornada cada vez maior na escola, passando das atuais quatro horas (quando isso acontece) para sete horas diárias. Na perspectiva do modelo hegemônico parece importante que isto ocorra na medida em que o aumento da escolaridade favorecerá uma qualificação mais sólida para o processo de produção econômica que os novos tempos demandam. A realização de atividades complementares às aulas, na escola, com colegas e com assessoria de pessoal especializado, da mesma forma, como gestores afirmam, garantirá padrão de qualidade, capaz de colocar a criança em condições de igualdade nas diversas relações sociais em que se coloca? Assim, a criança orientada poderia, mais autonomamente e com mais qualidade, desempenhar a sua situação de indivíduo em formação. Mas será isto suficiente à formação para a autonomia consciente, crítica, que habilite pessoas a interferirem nos destinos da história a ser construída, a qual, para o modelo hegemônico, já está determinada?
A concepção de autonomia presente neste trabalho vincula-se à independência cooperativa que os sujeitos envolvidos, “problematizados pela autoridade legítima”, são capazes de realizar, ou seja, vincula-se à capacidade que as pessoas adquirem de, conscientemente, assumirem posições de