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O modelo tradicional de abordagem para o ensino geográfico, ainda hoje, apesar de já ter sido superado, é muito utilizado por muitos professores. Esse modelo se reflete nos métodos e nos conteúdos de ensino, para os quais é importante a informação sobre as áreas da superfície terrestre, bem como a memorização dos elementos da paisagem, como rios, montanhas e recursos produzidos.
Essa abordagem é caracterizada pela descrição, classificação e fragmentação do espaço. Essa geografia escolar pressupõe que o professor é o “dono” do conhecimento e o aluno é um receptáculo vazio que deve ser preenchido com os conhecimentos geográficos. Geralmente os métodos avaliativos se resumem na quantificação do que o aluno assimilou pela memorização. A relação entre professor e aluno, quase sempre é mediada pelo autoritarismo do primeiro e submissão do segundo.
A geografia quantitativa, também conhecida como nova geografia, utilizou de forma acentuada os modelos matemático-estatísticos. Os neopositivistas, com os avanços tecnológicos, quantificaram o espaço geográfico sem considerar as peculiaridades espaciais. Essa geografia servia a governos autoritários e grandes empresas voltadas para o crescimento econômico sem considerar os custos ecológicos e social.
Uma das críticas a esse modelo foi feita por Santos, onde esse autor nos revela que:
O maior pecado, entretanto, da intitulada geografia quantitativa é que ela desconhece totalmente a existência do tempo e suas qualidades essenciais. A aplicação corrente das matemáticas à geografia permite trabalhar com estágios sucessivos da evolução espacial mas é incapaz de dizer alguma coisa sobre o que se encontra entre um estágio e outro...(Santos, 2004,
p.75)
Esse modelo geográfico ainda hoje é bastante utilizado, principalmente pelo IBGE –