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Por Edward H Tobe. “Um psiquiatra estadunidense muito fodão” - resumo do currículo.
“Abstrato”
Existe uma controvérsia acerca da depressão se apresentar como uma doença física, em parte porque não há um marcador biológico específico, sensível e reproduzível da mesma. Todavia, há evidências as quais mostram que a disfunção mitocondrial e o stress oxidativo podem estar associados com funções cerebrais anormais e desordem emocional, tais como a depressão. Esse artigo selecionou estudos humanos e animais provendo evidências acerca de que a disfunção metabólica intracelular mitocondrial em regiões específicas do cérebro é associada a maiores desordens depressivas. Isso dá base a hipótese de que a disfunção mitocondrial crônica em determinados tecidos pode estar associada a depressão. A avaliação dessa disfunção mitocondrial em tecidos específicos pode aumentar a perspectiva da depressão muito além das teorias sobre neurotransmissores ou regiões receptoras e, ainda, pode explicar sinais e sintomas persistentes da depressão em si.
Palavras Chave:
Disfunção mitocondrial, stress oxidativo, transtorno depressivo maior, depressão.
Introdução
A maior parte das investigações farmacológicas acerca da depressão iniciam com critérios para o transtorno depressivo maior (major depressive disorder – MDD) direto do manual de diagnóstico e estatística das desordens mentais (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders). A sobreposição dos sinais e sintomas em desordens mentais primárias ou secundárias geram múltiplos diagnósticos chamados de “comorbilidades” (comorbidities – no original). Uma meta-análise mostrou que os mesmos dificultavam a diferenciação entre placebo e resposta medicamentosa a menos que a escala de classificação depressiva de Hamilton apontasse para um indicador acima de 23, entretanto, pacientes que estavam mais doentes beneficiaram-se mais da medicação do que do efeito