Trabalhos
”A obra Urupês, de José Bento Monteiro Lobato, nasceu da revolta do autor contra os sertanejos, responsáveis segundo ele, pelo constante incêndio nos campos, através dos quais limpavam os terrenos com queimadas, cometidos em demasia e que eram prejudiciais aos proprietários de terras como ele. Revoltado, Monteiro Lobato envia sua reclamação ao jornal O Estado de São Paulo. Os diretores percebem o valor literário do texto e o publicam em página condizente. Urupês é a primeira obra literária de Monteiro Lobato, onde retrata basicamente a rotina do caipira que habita a região rural de São Paulo, revelando suas opiniões, hábitos , memórias e símbolos (lentos, avessos ao trabalho e desprovidos de cultura) . Comparando a uma espécie de fungo, o urupês, Monteiro Lobato empresta este título ao caboclo.” (www.infoescola.com/livros/urupes).
Urupês - Apresenta a imagem de um homem caboclo, cuja origem mestiça, vem da união de índio e branco, de cor acobreado, um homem do sertão, um caipira. Monteiro Lobato fala como na literatura o caboclo é visto um ser diferente da realidade, uma vez que nele não se encontra nenhuma qualidade que se possa admirar. O caboclo vive de acordo com o que a natureza lhe proporciona:
- Vende o que da terra brota, tirando para vender e consumir sem nen hum esforço,
- Os pés descalços lhe proporcionam o solado duro e rachado, servindo bem como tamborete, quando agachado.
- Ele não conhece talher porque suas mãos executam todas as funções da faca, garfo e colher, precisando apenas de uma tigela.
- Vivendo em uma casa de sapê, se uma goteira aparece uma tigela para aparar a água resolve.
- Buracos na parede não são problema, mas solução, pois servem como gaveta e não precisam ser consertados.
- Guarda-roupa é desnecessário, uma vez que só tem a roupa do corpo e outra lavando.
- Por democracia entende apenas o fato de ir a um coronel e votar em alguém que não faz mínima ideia de quem seja.
- Doença se cura com três