Trabalhos
Marcos Cassin1
Monica Fernanda Botiglieri2
A relação Trabalho, Educação e Modo de produção A capacidade de dominação sobre a natureza é o que diferencia homens de animais. Ao contrário dos últimos, sujeitos às condições ambientais de sobrevivência, o homem em certo momento viu-se capaz de construir instrumentos e utilizá-los no atendimento de suas necessidades de alimentação, abrigo, etc., o que lhe possibilitou o domínio de seu meio, bem como seu desenvolvimento físico e psíquico, distanciando-o consideravelmente daqueles que até então lhe eram muito semelhantes. A esta ação que propiciou tal realidade denominou-se Trabalho. Assim, para produzir o necessário a sua sobrevivência o homem trabalha e, para tanto, faz uso dos chamados meios de produção, estes por sua vez formados pelas ferramentas, ou instrumentos de trabalho e pela matéria a se constituir em produto, ou objeto de trabalho. A este conjunto, somada a força de trabalho, deu-se o nome de forças produtivas e, ao longo da história, tais forças têm se desenvolvido conforme o surgimento de novas necessidades e o que tem diferenciado um modo de produção daquele que o antecede ou o segue são as relações dos sujeitos com os meios de produção e entre si. Segundo Oliveira (1987),
Escravismo, feudalismo e capitalismo são formas sociais em que se tecem relações que dominam o processo de trabalho, a forma concreta do processo histórico, sob determinadas condições, que cria essas relações fundamentais. O processo histórico é compreendido, portanto, pela forma como os homens produzem os meios materiais, a riqueza. (1987, p.06).
Ao pensarmos acerca dos vários modos de produção e em particular as comunidades primitivas, nos deparamos com uma organização coletiva, onde meios de produção, assim como o produto do trabalho, são bens comuns e pertencem, portanto, a toda sociedade. Dado o baixo