TRABALHOS
22-08-2011 13:32:14
Por Fátima Mimbire, da AIM
Maputo, 22 AGO (AIM) – O rendimento escolar em Moçambique tem vindo a baixar progressivamente desde o ano de 2007, não obstante diversas medidas adoptadas pelas autoridades de educação, nomeadamente a mudança de currículos.
Segundo um relatório sobre o aproveitamento pedagógico em Moçambique, apresentado durante o Conselho Coordenador do Ministério da Educação (MINED) realizado recentemente em Lichinga, província de Niassa, Norte de Moçambique, o rendimento na quinta e sétima classes é mais crítico.
Esta situação tem impacto na queda do número de alunos graduados e afecta negativamente a demanda de vagas.
De referir que o Governo introduziu, em 2006, um novo currículo de aprendizagem por ciclos de ensino, em que a reprovação é excepcional.
Este novo currículo foi introduzido no âmbito da massificação do acesso ao ensino com o intuito de alcançar os Objectivos do Desenvolvimento do Milénio (ODM), que preconiza que até 2015 deve ser alcançada a meta de escolarização básica universal. Entretanto, esse processo não é acompanhado pela melhoria da qualidade.
À luz deste currículo, o aluno é avaliado no fim de cada ciclo, portanto, na segunda classe, o aluno deve fazer um teste final (não propriamente um exame) para aferir o que ele apreendeu e ver se pode ou não transitar. Na quinta e na sétima classes, como sempre ocorreu, os alunos são examinados.
Uma vez que a avaliação final na segunda classe raramente ocorre, os alunos transitam e chegam a quinta classe, e uma vez examinados reprovam.
Na sexta classe, o modelo de progressão também é automática, e quando o aluno chega a sétima, volta a ter problemas.
O Chefe do Departamento de Estatísticas do MINED, Ilidio Buduia, disse que a progressão automática na sexta classe é motivo de apreensão porque há uma queda sistemática do aproveitamento na sétima classe.
“O desperdício escolar é muito alto em