Trabalhos
O que é corrigir?
No que consiste essa tarefa corriqueira a que chamamos correção de redação? Seria “caçar erros” localizados? Seria procurar trechos obscuros? Ou seria ler na busca de um sentido e, diante de estranhamentos (tanto positivos, de aprovação ou encantamento, como negativos, de reprovação), se manifestar por escrito na qualidade de um leitor mais experienciado?
A autora propõe que: Para que a postura textual-interativa tenha espaço, há a necessidade de se alterar a concepção de linguagem que rege o ensino. Acredito que a via apropriada para se chegar a isso seria incorporar ao ensino da língua novas aquisições dos estudos da linguagem.
Sociolinguística
Linguística Textual
Análise do Discurso
Desta forma, o professor se pautará em ensinar a língua como uma unidade viva e inerente ao Ser humano, que muda e varia de acordo com o seu contexto sócio-cultural.
Significaria perceber que é preciso ensinar língua e não gramática na escola (gramática também, mas não só). Deve-se ensinar a gramática normativa e gramática descritiva, que considera a variação e a mudança, e põe em ação a gramática internalizada dos alunos.
O modo como o aluno tem tradicionalmente sido tratado na escola
Muitas vezes os professores estão preocupados com a linguagem em sua imanência, subtraída de sua função social. Não se percebe, assim, o aluno como autor, responsável pelo que é dito, a partir de uma posição conscientemente assumida num determinado discurso.
A solução? O professor precisa se integrar na situação de produção como co-autor, e não como mero observador. Interagindo realmente com o aluno, deixando de ser um observador que apenas busca problemas de redação e os aponta monologicamente, tornando-se um interlocutor, também sujeito, que participa dialogicamente do espaço de linguagem em que o aluno se constitui como sujeito: o texto-redação (uma correção centrada na perspectiva textual-interativa, que centra o professor mais na atividade de leitura