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Falar sobre o aborto ainda é uma coisa delicada, gera discussões. Pessoas têm pontos de vista e opiniões diferentes, e é aí onde eu quero chegar. No geral existem duas opiniões em torno da legalização do aborto, opiniões contra e opiniões a favor. Dentro dos que são contra existem os religiosos, os moralistas, os que não podem ter filhos, os que defendem a vida do feto, os que não aceitam a autonomia da mulher, os que prezam a moral da família, os que não sabem do assunto, mas falam mesmo assim e outros tantos. Dentro dos que são a favor existem mulheres que abortaram, mulheres que abortariam, pessoas que não aceitam que a religião decida sobre seus corpos, pessoas que sabem que a mulher deve decidir por ela mesma, pessoas que perderam mulheres em abortos clandestinos, pessoas que sofreram maus tratos em clínicas desumanas, e etc..
A questão é que mesmo o aborto sendo ilegal existem mulheres que abortaram, que abortam e que continuarão abortando clandestinamente no Brasil. O que temos que pensar é se continuaremos fechando os olhos para isso e acreditando que o aborto não é feito porque é ilegal, e perdendo várias mulheres por conta de abortos mal realizados. Quantas de nós já abortaram? Quantas de nós já sofreram graves sequelas por abortos feitos de qualquer forma?
O aborto mesmo sendo feito no auge de sua lucidez e certeza causa danos psicológicos, físicos, emocionais as mulheres que o fazem. Eu não defendo de forma alguma que as mulheres devam abortar sempre e por qualquer motivo, não é isso, eu defendo que o aborto deve ser descriminalizado pois a mulher deve ter autonomia e decisão livre. O governo não tem controle sobre o número de abortos que se é feito, pois é um crime, e quem precisa fazer faz clandestinamente. Se fosse legalizado o estado teria controle e poderia controlar e orientar mais as pessoas sobre isso, aumentar as informações e até mesmo evitar. Nos países ocidentais, onde é legalizado, observa-se que houve