Trabalhos
1 – Introdução
A concepção de burocracia tem sido amplamente estudada em diversas áreas do conhecimento. É inegável que a grande contribuição sobre o tema tenha sido realizada por Max Weber (1982), base para vários outros pesquisadores de diversas correntes epistemológicas. Como objeto de estudo nas ciências sociais (sociologia, ciência política, direito, administração), as pesquisas sobre a burocracia resultaram em vários e diferentes entendimentos, como por exemplo: como organização (CAMPOS, 1978; BRESSER-PEREIRA, 1980), como categoria social (POULANTZAS, 1977) ou como poder político (MORIN, 1976; MARTIN, 1978). Na área de estudos organizacionais não tem sido diferente, dada sua característica multidisciplinar.
Uma das primeiras aplicações do termo Burocracia data do século XVIII, onde o termo era carregado de forte conotação negativa, designando aspectos de poder dos funcionários de uma administração estatal aos quais eram atribuídas funções especializadas, sob uma monarquia absoluta. Essa definição se encaixa de forma muito próxima àquela hoje utilizada na linguagem comum: a Burocracia como sinônimo de excesso de normas e regulamentos, limitação da iniciativa, desperdício de recursos e ineficiência generalizada dos organismos estatais e privados.
Há uma influência recíproca entre capitalismo e burocracia. Sem a organização burocrática, a produção capitalista nunca teria sido realizada. Por outro lado, a base econômica capitalista é essencial para o desenvolvimento da administração burocrática.
Portanto, a palavra ‘’burocracia’’ tem, no nosso dia-a-dia, um sentido pejorativo. Chamamos de burocracia o exagero de normas e regulamentos, a ineficiência administrativa, o desperdício de recursos. No entanto, para a sociologia, esse termo tem um sentido especial. Desde que passou a ser usado por Max Weber (1864 – 1920), designa um modelo específico de organização administrativa.
2- Desenvolvimento
2.1 - O que é Burocracia? Burocracia é