Trabalhos
1. Introdução
Os sistemas estão em toda parte O pensamento em termos de sistemas desempenha um papel dominante em uma ampla série de campos, que vão das empresas industriais e dos armamentos até tópicos esotéricos da ciência pura, sendo-lhes dedicadas inumeráveis publicações, conferências, simpósios e cursos. Aparecem nos últimos anos profissões e empregos desconhecidos até pouco tempo atrás, tendo os nomes de projeto de sistemas, análise de sistemas, engenharia de sistemas e outros. São o verdadeiro núcleo de uma nova tecnologia e tecnocracia. São complexas as raízes desta evolução. A tecnologia foi levada a pensar não em termos de máquinas isoladas, mas em termos de “sistemas”. A relação entre o homem e a máquina passam a ter importância e entram também em jogo inumeráveis problemas financeiros, econômicos, sociais e políticos. Desde modo, tornou-se necessário um “enfoque sistêmico”. Tanto os equipamentos (hardware) dos computadores, da automação e da cibernética quanto os “programas” (software) da ciência dos sistemas representam uma nova tecnologia. Estes acontecimentos não se limitaram ao complexo industrial-militar. Os políticos frequentemente reclamam a aplicação do “enfoque sistêmico” a problemas urgente, tais como a poluição do ar e da água, o congestionamento do trânsito, a bruma urbana, a delinquência juvenil e o crime organizado, o planejamento das cidades (WOLFE, 1967). Não é apenas a tendência da tecnologia de fazer as coisas maiores e melhores (ou, no caso oposto, mais lucrativas, destruidoras, ou ambas). De uma maneira ou de outra, somos forçados a tratar com complexos, com “totalidades” ou “sistemas” em todos os campos de conhecimento. Conhecemos precisa e cientificamente quais vão ser os efeitos da poluição, da devastação dos recursos naturais, da explosão populacional, da corrida armamentista, etc. Mas nem os dirigentes nacionais nem a sociedade