Trabalhos
1 - INTRODUÇÃO
A determinação do conteúdo de matéria orgânica é um a das características mais importantes no estudo das águas residuais e naturais.
A análise de matéria orgânica em água e esgoto pode ser classificada em dois tipos gerais de medidas: aquelas que quantificam uma quantidade de matéria orgânica agregada compreendendo constituintes orgânicos com uma característica comum e aquelas que quantificam compostos orgânicos individuais.
Vários métodos têm sido desenvolvidos para a determinação do conteúdo de matéria orgânica, entre eles aquele que nos permite determinar a demanda química de oxigênio (DQO), ou seja, quantidade de oxigênio consumido por diversos compostos orgânicos através de uma oxidação química.
Adicionalmente, tem-se a determinação do carbono orgânico total. O carbono orgânico em água e esgoto é composto de uma variedade de compostos orgânicos em vários estados de oxidação. Alguns destes compostos podem ser oxidados por processos biológicos ou químicos.
Na análise da DQO, o oxigênio necessário para oxidar a matéria orgânica contida na água e possível de ser oxidada, é medido utilizando-se um composto fortemente oxidante como, por exemplo, o dicromato de potássio em meio fortemente ácido, oxidando até mesmo a matéria orgânica mais resistente à oxidação. Durante o processo de oxidação química, quaisquer sais inorgânicos presentes são também convertidos para as formas oxidadas. O resultado da DQO é especificado em mg/L de oxigênio que seria consumido equivalente à quantidade de oxidante requerido.
Sob as condições fortemente oxidantes na análise da DQO, a maioria dos compostos orgânicos fornece de 95 a 100 % do oxigênio teórico consumido, mesmo para moléculas aromáticas mais estáveis. Portanto, a demanda química de oxigênio (DQO) indica a quantidade de oxigênio que seria consumido através de reações químicas de oxidação de diversos compostos orgânicos presentes, sem a intervenção de microrganismos,