Trabalhos
A importância do estudo da morte para profissionais de enfermagem
RESUMO
Introdução: Os profissionais de saúde são os que mais lutam contra a morte, mas sua formação e sua carreira são marcadas pelo afastamento dela. Métodos: estudo de natureza descritiva, com base bibliográfica, teve como objetivo levantar conteúdos sobre o fenómeno "morte" no intuito de despertar um senso crítico sobre a assistência de enfermagem ao cliente terminal. Justificativa: poucos são os conteúdos abordados nos cursos de enfermagem sobre o tema. Na escala das existências individuais, a morte é a única certeza absoluta no domínio da vida. Esta afirmação encontra-se com o fato de que a enfermagem é a única profissão presente na vida do cliente do início da vida até a consumação da morte. Conclusão: os profissionais devem produzir uma harmonia entre a vida e a morte, entre saúde e doença, entre a cura e o óbito. O cuidado de qualidade deve ser prestado ao ser humano em todos os seus aspectos. Palavras-chave: Morte, doente terminal, tanatologia.
1. INTRODUÇÃO
Os profissionais de saúde são os que mais lutam contra a morte, mas sua formação e sua carreira são marcadas pelo afastamento dela. A morte não faz parte do programa de estudos nas universidades e quando ocorre o ensino é superficial. Em face desse ritual obsessivo de negação da morte, o indivíduo perde a oportunidade de melhor formar suas concepções sobre a morte e o morrer. O enfermeiro e outros profissionais de saúde se apropriam cada vez mais da vida e da morte, admitindo sempre de má-vontade os casos em que não podem realizar milagres. Este pavor à morte e reafirmação insistentes de imortalidade que parte de nossas mentes são o outro lado da criação da morte verdadeira, da morte profunda, da morte. Negando a morte, nossa cultura a mistificou e impôs tabus.
Para Penna, Nova e Barbosa (1999, p.20), os conteúdos que abordam a morte no currículo de enfermagem falam de questões éticas ou causa mortis da população,