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Sendo a pobreza e a exclusão social situações multidimensionais e passíveis de mudança em função de diversidades regionais, de fatores culturais, das condições da economia e do momento histórico, fica difícil defini-las coerentemente para todos os casos. No entanto, será apresentada uma breve definição de ambas.
Uma família é considerada pobre quando a soma de seus rendimentos é insuficiente para suas necessidades básicas –alimentação, saúde, educação, moradia e transporte, entre outras necessidades fundamentais (Rezende e Tafner, 2005). No Brasil, tal questão é associada ao valor do salário mínimo, ou seja, são consideradas pobres aquelas famílias cuja renda mensal é inferior a meio salário mínimo por pessoa.
Segundo dados do Rezende e Tafner (2005), com base nos critérios descritos anteriormente, em 2002 no Brasil cerca de 49 milhões de pessoas e 10 milhões de domicílios podiam ser considerados pobres, o que equivale a 29% da população total e 22% dos domicílios do país.
A exclusão social pode ser interpretada de uma forma mais abrangente, compreendendo fatores como: raça, gênero, idade, condição socioeconômica entre outros (ver tabela 5). No entanto, são excluídos socialmente todos aqueles que não tem condições econômicas de participação, seja na vida social como um todo, seja em algum de seus aspectos.( Rezende e Tafner, 2005).
No Brasil, o salário mínimo é o parâmetro mais utilizado nas regras de formatação da maior parte dos programas sociais de transferência de renda do governo, por isso foi adotado por diversos estudiosos para medir a pobreza e exclusão social. Porém, em alguns estudos é adotado o critério da ONU para medir o número de pobres existentes, (população que sobrevive com menos de um dólar americano per capita por dia) dificultando a comparação, pois apresentam uma grande discrepância pelo fato de serem utilizados critérios de pesquisa diferenciados.
Vários estudos tem demonstrado que a exclusão social