Trabalhos prontos
Parte de sua inspiração veio de sua vida tumultuada, inquieta, e sofrimentos íntimos provocados pela rejeição paterna. Seu primeiro poema foi escrito em 1903: "A Vida e a Morte".
Filha de Antonia da Conceição Lobo, empregada de João Maria Espanca, que não a reconheceu em vida como filha. João admitiu a paternidade apenas 19 anos após a morte da poeta, quando foi inaugurado um busto dela, em Évora. E isso depois da insistência de fãs da obra de Florbela.
Com a morte de Antonia, de uma doença desconhecida, em 1908, João e sua mulher Mariana Espanca criaram a menina e seu irmão, Apeles Espanca, nascido em 1897 e registrado da mesma maneira.
Casou-se no dia de seu aniversário, em 1913, com Alberto Moutinho. Concluiu um curso de Letras em 1917 e foi a primeira mulher a cursar Direito na Universidade de Lisboa. Na capital portuguesa conheceu outros poetas e participou de um grupo de mulheres escritoras. Colaborou em jornais e revistas, como o "Portugal Feminino". Em 1919, no terceiro ano de Direito, lançou o Livro de Mágoas. Nessa época, Florbela começou a apresentar sintomas de desequilíbrio mental e sofreu um aborto involuntário.
Em 1921, divorciou-se de Alberto Moutinho, de quem vivia separada havia alguns anos, para casar-se com o oficial de artilharia António Guimarães. Nesse mesmo ano, seu pai se divorciou para esposar Henriqueta Almeida.
Em 1923, ela publicou o "Livro de Sóror Saudade". Florbela sofreu novo aborto, e seu marido pediu o divórcio. Em 1925, a poeta casou-se com o médico Mário Laje, em Matosinhos. A morte do irmão Apeles, num acidente de avião, lhe inspirou o poema "As