Trabalhos diversos
O filme "A Vila" relata a história de algumas pessoas que decidiram fugir da vida urbana devido à violência, a dor, o sofrimento, falta de esperança que existem nas cidades. Essas pessoas resolvem criar uma comunidade para viver com suas famílias longe de qualquer contado com o mundo além da vila, criando suas próprias rotinas, sua própria sociedade.
Para manter a comunidade, essas pessoas que eram chamados Anciões, criam um mito sobre “monstros” que moram na floresta que fica ao redor da vila. Dessa forma qualquer um que atravessar a fronteira dessa floresta será morto por “Aqueles de Quem Não Falamos”. Com isso é notável algumas regras para que os moradores tenham segurança na vila.
O medo e o segredo impulsionam toda a comunidade a caminhar, produzir e conviver. A forma de falar, agir e os rituais são em função da prevenção para afastar a violência e para fazer a esperança brotar nas pessoas e fazê-las crer que seguindo todas as regras, sua comunidade e suas famílias nunca iriam sofrer com a ameaça dos “monstros” da floresta.
Podemos observar ao longo do filme a diferença da cidade e seu estilo de vida para a vila e seu estilo de vida, ainda como antigamente numa comunidade do campo. Diante desta observação, levanta-se a seguinte questão: será que dentro da cidade um grupo pode construir e viver em comunidade, com regras e princípios tal como no filme “A Vila”? podemos ter a ousadia de afirmar que sim, pois comunidade não se constrói apenas em um determinado espaço físico, mas principalmente com laços sanguíneos, de relacionamentos, pensamentos e atos comuns. Usar o individualismo em prol do todo. “Querer ser bom fazendo o bem” segundo Kant.
Na cidade, esses princípios são esquecidos, se perdem e dão lugar a novos pensamentos que se consolidam rapidamente e emergem sufocando o que é comum, o pensamento é diferente, aparece o individualismo mesquinho e egoísta nas expressões: “primeiro eu”, “cada um por si”, “que vença