Trabalhos com as normas da abnt
[pic]
20 de junho de 2010
Se, em vez de uma reportagem, esta fosse uma história em quadrinhos, a personagem principal seria uma supercélula, incansável defensora do meio ambiente, em um mundo de pilhas poluentes e desgastadas. Sozinha, ela pode valer pouco, mas, quando se liga a heróis da mesma espécie, os prodígios são dignos de atenção. A supercélula a combustível desenvolvida na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte, usa componentes cerâmicos e gasta hidrogênio para prometer mais eficiência que as similares, produzidas, por enquanto, apenas em laboratórios. As células combustíveis são fontes de energia mais limpa e ecológica, por isso estão na ordem do dia de pesquisadores do mundo inteiro. Acredita-se que, em futuro próximo, estejam disponíveis para uso em residências e automóveis.
Diferentemente das convencionais, as células a combustível se desgastam menos com o tempo, porque a substância usada para gerar a energia fica à parte e pode ser constantemente renovada. "É como se fosse um fogão. Se sempre tiver gás, você consegue fazer comida durante muito tempo com o mesmo equipamento", compara a professora Rosana Zacarias Domingues, do Laboratório de Materiais e Pilhas Combustíveis do Departamento de Química da UFMG. Com isso, a tecnologia ganha pontos no quesito ecologia, reduzindo o descarte de pilhas e a conseqüente poluição.
Embora os recursos para estudos no setor, no Brasil, de acordo com a professora, sejam bem menores que os de outros países ao redor do mundo, os avanços do protótipo dos cientistas mineiros chamam a atenção. Como usa material cerâmico e altas temperaturas no processo, a célula reaproveitar o calor, que pode chegar a 700 graus, para gerar ainda mais energia. Os estudos foram desenvolvidos em parceria com a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), com investimentos de R$ 2 milhões.
A supercélula criada na UFMG usa o hidrogênio como combustível.