Trabalhos acadêmicos
A ideia de causas dos inconscientes, são totalmente rejeitadas por Sartre. Segundo o mesmo, tudo que está na mente é consciente. Afirma que a consciência é transparente, inclusive para o próprio indivíduo. Tudo o que está dentro da nossa mente tem características intencionais, escolhidas, e de responsabilidade nossa, o que não é compatível com o determinismo psíquico de Freud.
O inconsciente, na verdade, não é o inconsciente. Em algum momento, a pessoa está consciente, escolhendo o que vai e o que não vai permitir chegar até sua consciência. Devido a isso, não se pode usar "o inconsciente" como uma desculpa para meu comportamento, porque segundo Sartre, isso não passa de desculpa, uma vez que, somos responsáveis por tudo que nos acontece, e por tudo o que somos. E mesmo que não se possa admitir para si mesmo, a pessoa escolhe o que faz. Deve-se saber que você mesmo se decepciona, não com os outros, mas com si próprio, e o chamado “censor” de Freud está consciente para reprimir isso.
Sartre propõe a chamada Análise existencial, isto é, uma psicanálise que busca não as causas do comportamento de uma pessoa, mas o seu sentido. A realidade humana identifica-se e se define pelos fins que busca e não por causas ocorridas no passado, sendo uma psicanálise racionalista.
Sendo assim, um ser humano adulto não pode e deve ser defender seus defeitos com base em eventos que ocorreram durante a sua infância, que é má-fé e falta de maturidade. Porém, há o que Sartre chama "Projeto Original", sendo as escolhas que o indivíduo faz para si próprio, mas existindo uma matriz dos demais projetos e acontecimentos da sua vida.
A radical oposição de Sartre à psicanálise influiu na psiquiatria de seu tempo. O Sistema de Sartre foi baseado em uma crítica profunda do sujeito e aplicação de seu método permitiu-lhe alcançar comentários valiosos, especialmente com relação à imaginação e do