trabalhos academicos
Agora que você já está por dentro de alguns conceitos-chave e de estratégias de planejamento de projetos, nesta aula-tema vamos aprender um pouco mais sobre a evolução histórica dos projetos de trabalho em educação. Nossa discussão está baseada no Capítulo III de seu livro-texto (p. 61-72)[1].
Trabalhar com projetos de trabalho na educação, segundo Fernando Hernández, envolve fundamentalmente encarar o processo de aprendizagem como uma construção colaborativa e compartilhada de conhecimento, assumindo-se que o conhecimento não tem fronteiras, que as disciplinas não podem ser compreendidas como fragmentos isolados do saber, distanciadas do contexto do aluno.
O autor nota que propostas de trabalho por projeto, em educação, não representam uma novidade, pelo menos no que diz respeito ao emprego do termo. Para evitar que sua proposta seja confundida com abordagens que usaram o termo, mas com sentido diferente daquele apresentado em seu livro, Hernández apresenta uma retrospectiva sobre o que se convencionou chamar, ao longo do tempo, de projeto de trabalho.
Nesse levantamento, o autor traz exemplos de propostas de projetos de trabalhos nos anos 20, 70 e 80 do século XX. Aponta aspectos semelhantes e diferenças entre o que se definia como projetos de trabalho até os anos 1980, por exemplo, no auge do construtivismo, e a abordagem que propõe.
Apresentamos a seguir alguns marcos e concepções de ensino que influenciaram a proposta de projetos de trabalho do autor:
visão construtivista da aprendizagem, especialmente no que diz respeito à suposição de que conhecimentos prévios exercem grande influência na aquisição de novos conhecimentos;
valorização do contexto de aprendizagem e da necessidade de adequar conteúdos educacionais às práticas culturais da comunidade (docentes, alunos, demais integrantes da rede social dentro e fora da escola);
resultados de pesquisas socioculturais sobre a importância da