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1. O que é reação terapêutica negativa? Qual sua relação com o Supereu?
A reação terapêutica negativa tem como obstáculo interno o Supereu, que aparece no sujeito como um desejo de sofrer. Essa reação negativa ocorre geralmente quase no fim do tratamento, quando o paciente demonstra um avanço na analise e melhoras. O terapeuta então elogia e incentiva o paciente sobre a sua melhora ao tratamento, mas o mesmo não se sente satisfeito com o andamento do trabalho analítico, e acaba piorando ou regredindo o seu estado. Freud relata que há algo nessas pessoas que opõem-se a cura, como se a cura apresentasse um perigo, que nas palavras de Freud (1923), “dizemos que nestas pessoas não prevalece a vontade de cura, mas a necessidade da doença”(p.47). Sendo assim, o paciente prefere sofrer a ser curado, pois existe um sentimento de culpa. O sujeito sabe que está doente, mas não sabe que se culpa, pois essa culpa é inconsciente vinda de um fator “moral” que segundo Freud (1923) é, “(...) de um sentimento de culpa que encontra satisfação no fato e estar doente e não deseja renunciar ao castigo de sofrer” (p.47). Existem fatores que causam a reação terapêutica negativa, um deles é originado do Supereu, que segundo Freud (1923), “atribuímos ao Super-eu a função da consciência [moral] e vimos na consciência de culpa a expressão de uma tensão entre Eu e o Super-eu” (p.175). Sendo assim, o Supereu revela a sua face cruel, aonde ele expõe suas cobranças e exigências exageradas e conflitantes com a realidade sobre o Eu. É visível que essas exigências do Supereu são praticamente impossíveis de serem satisfeitas pelo Eu. Segundo Freud (1923), “o Super-eu conservou características essências das pessoas introjetadas, seu poder, sua severidade, sua inclinação a vigiar e punir” (p.175). Sendo assim, o complexo de Édipo foi herdado pelo Supereu. A reação do Eu sobre essas exigências, é expresso na angústia que segundo Freud (1923), “o Eu reage com sentimentos de angústia